Uma nova pesquisa pode ter atualizado o dono do título de dinossauro mais longo do planeta, apontando que um espécime de Supersaurus, que viveu há 150 milhões de anos onde hoje são os Estados Unidos, tinha 39 metros de comprimento, batendo os 33 do Diplodocus, atual recordista. O dado foi apresentado na Conferência Anual da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, no dia 5 de novembro, mas ainda não foi divulgado em revistas científicas.
O Supersaurus sempre foi visto como um dos dinossauros mais longos da história, mas a nova pesquisa mostra que "este é o dinossauro mais longo baseado em um esqueleto decente", já que outros restos das criaturas eram tão fragmentados que ficava difícil estimar com precisão seus comprimentos, segundo informou Brian Curtice, um paleontólogo no Museu de História Natural do Arizona, ao Live Science..
Do focinho à cauda, a espécie em questão poderia chegar até 42 metros, segundo estimativa dos pesquisadores, sendo ainda mais comprido que os Diplodocus, cujo tamanho não ultrapassava os 33 metros.
A espécie foi descoberta originalmente em 1972, no sítio Dry Mesa Dinosaur Quarry, no estado do Colorado (EUA). Na ocasião, havia uma "salada de ossos" que não permitiu que os pesquisadores identificassem o espécime, segundo Curtice.
Durante um trabalho de campo, o pesquisador Jim Jensen coletou e preparou fósseis do local para a Brigham Young University em Utah. Na época, ele descobriu um osso de 2,4 m de comprimento que, segundo a publicação, era uma estrutura de dois ossos fundidos que constituíam a cintura escapular em dinossauros adultos e outros répteis.
Com tantos ossos misturados, o pesquisador chegou a acreditar que se tratava de novos gêneros de dinossauros. No entanto, nos anos seguintes, surgiram controversas a respeito da descoberta. A pesquisa divulgada agora, por sua vez, tenta corrigir os erros do passado e aponta que, em vez de ossos de Ultrasauros e Dystylosaurus, aquelas amostras na verdade eram de um único Supersaurus.
Curtice chegou à conclusão após identificar várias vértebras e um púbis que o ajudaram a estimar com maior precisão o comprimento do Supersaurus. O pescoço do animal tinha mais de 15 metros e a cauda mais de 18 metros. O pesquisador ainda apontou que o fóssil mais longo estava distorcido por rachaduras e, ao juntar todas as fissuras, as ossadas poderiam ficar do mesmo tamanho.
Além disso, nenhum outro osso de saurópode que fosse muito comprido foi encontrado nas proximidades. Desde a descoberta original, outros paleontólogos descobriram esqueletos parciais que foram ligados ao Supersaurus - incluindo um apelidado de "Jimbo" e outro apelidado de "Golias". No entanto, até hoje os pesquisadores ainda não identificaram formalmente Golias como pertencente à espécie.
As conclusões da nova pesquisa "parecem razoáveis", segundo informou o paleontólogo Matt Lamanna, do Museu Carnegie de História Natural em Pittsburgh, que não esteve envolvido na pesquisa, ao Live Science. "Não posso avaliar a estimativa exata do comprimento, mas está claro que há um saurópode diplodocóide muito grande naquela pedreira."
Este vídeo compara o tamanho de um humano de estatura média com diversas espécies de dinos, confira:
Cientistas podem ter encontrado dinossauro mais longo que já viveu na Terra - UOL Notícias
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